A Igreja e a pena de morte
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A Igreja e a pena de morte
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Felizmente, chegámos à Actualidade! No entanto, o combóio da Santa Madre Igreja chega atrasado.
Teve aqui na Península uma boa estação, nos séculos XV a XVIII… – e não parou…
…Aliás, teve muitas outras estações do mesmo tipo, em épocas mais recuadas, mas ia em alta velocidade, não entendeu a paisagem. Nem mesmo em Montagu, quando foi lançado fogo à igreja com as pessoas lá dentro…
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Muito pelo contrário, descarrilou pelos Orientes, pelas Américas, e por lá deixou marcas da sua ígnea passagem…
Embora tenha tido filhos de muito boa vontade! Houve quem protegesse os Índios – claro, desde que se despersonalizassem e se convertessem aos mistérios da Cruz. Mas enfim, protegeram-nos…
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Pelas Áfricas, fez-se mais pacata. Mandou os seus emissários a amansarem as criaturas que encontrassem, e lhes pregassem a boa nova da instalação dos iluminados. Depois, os governos seus aliados enviaram os exploradores.
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Mas os tempos foram mudando… Surgiram os “traidores”, os filhos das “seitas”! Esses alfabetizavam, curavam, eram eficazes, e quando a ocasião surgiu, solidarizaram-se com quem lutou pela Santa Liberdade. Na América Latina, excomungou a Filosofia da Libertação.
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Enfim, é difícil traçar uma ideia da linha férrea que a Santa Madre Igreja tem percorrido… Por vezes surgiram excepções, e até conheceu bons condutores… Este último até é simpático. Talvez por ser menos ortodoxo.
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Só mais uma ínfima gota de água neste oceano turbulento: nunca entendi, embora num plano mais laico, por que razão a nossa Liberdade foi Santa – e a dos outros… foi crime…
© Myriam Jubilot de Carvalho
5 de Agosto de 2018
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Publicado por
© Myriam Jubilot de Carvalho
Dia 19 de Agosto de 2018, pelas 14h 45m
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