RUMI, novamente
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Nesta bela manhã cheia de sol, volto ao convívio da cultura dos meus antepassados mais próximos, a cultura que deu forma à época do Al-Andalus, e que tantas raízes deixou na nossa herança colectiva.
Hoje trago aqui um belo poema de Rumi, na bela versão para Português, de Adalberto Alves:
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morri, era eu pedra:
tornei-me planta.
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fanei-me enquanto flor:
fui animal
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faleci, era então bicho:
humano me tornei.
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que hei-de, pois, temer?
serei agora menos, ao morrer?
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quando minha humanidade perecer
e as asas eu abrir também
entre anjos minha cabeça hei-de erguer.
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quando meu ser angélico for sacrificado,
serei o que a imaginação já não contém.
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RUMI
Poeta, jurista, teólogo, místico SUFI, 1207 – 1273
Persa de nascimento, a sua importância, no entanto, expandiu-se e deixou marca para além do seu ambiente original.
O tawhid é o seu conceito principal:
União com o Amado (a raíz primeira) de Quem |de Onde se foi amputado e a saudade e desejo de a Ele voltar. O apreço que ele merecia era tal que, no Oriente, dizia-se –
“Ele de certo que não é um profeta, no entanto, deixou uma Escritura”.
Rumi acreditava que a união da Música, da Poesia e da Dança eram a passagem para o encontro com Deus. Daí a criação de um método, que conhecemos como os Derviches Dançantes. A raíz de tudo está no amor:
“O Amor é o astrolábio dos mistérios de Deus”
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= A tradução do poema acima encontra-se em:
“O Vértice da Noite”
ed. Argusnauta – Nov 2007
= Quanto à IMAGEM:
Consultar:
http://www.famousauthors.org/rumi
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Publicado por Myriam Jubilot de Carvalho
Dia 25 de Novembro de 2013, pelas 11h
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